Seria Dublin uma cidade segura?

Para nós Brasileiros, que vivemos (ou viviamos) em um País com os índices alarmantes de violência, cujo controle não parece ser exercido a contento pelo Estado, Dublin não parece, por início das mais violentas. A verdade é que consegue-se chegar ao consenso de que Dublin "é" uma cidade pacifica, se comparada aos violentíssimos níveis de assaltos, estupros, furtos, homicidios e sequestros que acontecem cotidianamente no Brasil.

Entretanto, tomar o Brasil como parametro de violência não chega a ser justo. Assim o sendo, e sob o compromisso de falar a verdade ao futuro intercambista, dizemos sem tergiversar: Dublin apresenta niveis especificos de violência que, embora não equiparem-se aos de terras tupiniquins chegam a causar preocupações razoaveis.

De fato, dados do centro de estatisticas irlandes (CSO) apontam que durante o ano de 2012 houveram 53 mortes em toda Irlanda. Destes, 19 foram causados por acidentes de trânsito, motivados principalmente pela mania do Irish em beber e dirigir. Não estamos falando em mortes na capital Dublin, e sim no PAIS COMO UM TODO. O que leva a crer que, indubitavelmente, sair de casa e retornar é provavelmente mais seguro do que fazê-lo em São Paulo, por exemplo.

Emprego em Dublin não é dificil: É MUITO DIFICIL.

Aquele que disser que conseguir um emprego em Dublin é fácil, enquadra-se na categoria de pessoas limítrofes ao mau-caratismo e a mentira. De fato, para um Brasileiro, achar o tal do emprego em Dublin é certamente muito mais dificil do que no Brasil, por mais exdrúxulo que isso possa parecer.

Muita gente chega em Dublin (como eu, por exemplo) imaginando que em 30 ou 40 dias vai conseguir um emprego e comecar a economizar o dinheiro que trouxe. Essa é uma das maiores mentiras que contam para nós quando estamos no Brasil nos preparando para vir para o nosso tão sonhado intercâmbio. Dentre os inumeros argumentos que nos contam para nos convencer a vir para Dublin, está o que diz que a permissão de trabalho de 20 horas aos cursos que superam as 25 semanas te coloca numa situação de legalidade para submeter-se a uma vaga de trabalho. Dai você - como eu - chega aqui feliz da vida e só então percebe que entrou numa fria, e que emprego, assim como a questão das acomodações aqui em Dúblin, é a maior furada. Na verdade, os empregos - inclusive os subempregos - estão muito mais dificeis de conseguir aqui do que no Brasil. E a situação é pior ainda para quem chega.

A Real de Dublin: Atualmente é dificil conseguir uma acomodação.

Não basta ter dinheiro, tem que ter paciência para conseguir um lugar para ficar. Muita gente cai na furada de vir para Dublin com acomodação para uma ou duas semanas, sob a otica de que aqui chegando, tudo será fácil. Ledo engano. Muitos acabam indo morar em Hostels por ter chegado ao fim o periodo de acomodação de host family.

Atualmente com a crise no setor bancario e imobiliario europeu, os Mortgages - o que chamamos no Brasil de financiamento - estão mais dificeis para os Irlandeses. O AIB por exemplo, recusa 3 de cada 4 aplicações para financiamento. O resultado disto é que mais e mais Irlandeses estão preferindo alugar imóveis do que simplismente comprá-los. Para nós, a matemática perversa da economia não perdoa: Quanto maior a procura do que a oferta, maior ficam os preços.

Dublin: 3000 euros não são suficientes.

É inegável que a Irlanda, por dispesar a prévia anuência de um visto de entrada a partir do país de embarque tornou-se um dos destinos mais cobiçados por estudantes de todo o mundo, dentro os quais destacam-se os Brasileiros e seus vizinhos, Venezuelanos - estes representando atualmente a maior comunidade não européia presente em terras Irlandesas.

Não obstante, embora dispense tal visa para embarque, o visto para paises que não pertencem a chamada União Europeia é necessário para a entrada no País. É conferido de duas formas: Aos que desejam permanecer na Ilha Esmeralda por um período inferior a 90 dias, a visa é conferida ao desembarque pelo agente da imigração no aeroporto. Aqueles que pretendem estender sua estadia a um periodo superior a este, dá-se um visto provisional, no qual num periodo posterior não superior a 30 dias, o estrangeiro terá de se submeter a comprovação de alguns requisitos, dentre os quais o de que possui condições mínimas de sobrevivência pelo periodo que pretende ter seu visto permitido. Tal comprovação dá-se pela apresentação de fundos bancários em conta proveniente de instituição bancária do País, no valor correspondente a e3.000,00 (Três mil euros).

Muito se debate no grupos sobre ser suficiente ou não os 3 mil euros. A opnião geral é a de que deve-se sempre trazer algo mais. Corretíssimo. O aplicante vai precisar de exatos 300 euros para registrar-se na Garda - imigração. Em média gasta-se de 400 a 500 euros para dividir um quarto e este valor deve ser dobrado, porquê você vai precisar fazer na maioria dos casos o chamado depósito - o pagamento de um sinal em forma de um aluguel extra.